quarta-feira, 30 de abril de 2008

Velharias, parte 1

17.06.2007
(meu deus)


Eu odeio suco de caju com muita força, acho que é porque eu tomei um de caixinha quente uma vez. É uma merda, gente. Eu não entendo como alguém um dia colocou suco de caju no mundo. Na verdade, eu sempre achei que suco de caju tinha gosto de castanha, sabe? Pense comigo, castanha de CAJU, suco de CAJU, suco deveria de ter o gosto da castanha que é muito melhor do que aquela parte horrorosa que lembra jaca. Jaca é outra bosta. Eu acho que o mundo não vai pra frente porque tem jaca e suco de caju pra semear a discórdia nesse mundo. Só faz abalar as estruturas econômicas do país, essas duas porcarias. Assim ó: fabricam essas merdas, comercializam, NINGUÉM COMPRA, daí depois, fica tudo nos estoques, e o Dragão da Inflação vai lá e come muita jaca e toma muito suco de caju.Suco de caju e jaca são tão ruins que até economizaram na grafia. São duas sílabas, e pequenas e indígenas. Eu amaldiçoo muito os índios pela etimologia de caju e de jaca. Eles eram tão bonitos e espertinhos. E pensem comigo, se caju e jaca não tivessem um nome, eles poderiam até ser esquecidos, ou largados lá pra trás na História da humanidade. Pensem comigo, sabe aquela folha estranha que você vê de vez em quando, e que sempre vê em um bocado de lugar, mas que não tem nome, porque ninguém sabe? Então, com a jaca e o caju tinha que ser assim. Se ficassem pra trás na cadeia evolutiva dos sucos e das frutas (?), o mundo poderia esquecer delas, e elas ficarem só na cocó da humanidade, que nem a folha que eu vejo perto da pastelaria.Mas não, a gente insiste em disseminar esse bando de cultura inútil de comer jaca e tomar suco de caju enquanto o mundo tem coisa muito melhor que é deixada de lado, e dita ruim. Como a mortadela da Monica (deveria ter negrito aqui...), mas não, vão continuar comendo porcaria até que alguém, como eu, tome uma atitude, e revolucione a pirâmide alimentar do mundo atual. Colocando a MORTADELA DA MONICA NO TOPO e deixando a jaca, e o caju, completamente de fora, alheios, far away. Muamuamua.E não ter Mandela certo pra abolir esse apartheid. Enquanto essa reforma ainda está em andamento, eu continuo não aceitando desconhecidos.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Mais um PS.

Era só mais um café da manhã. Olhando pela janela o dia estava absurdamente convencional. O sol não ardia e as nuvens não eram abundantes. Era um dia, feito pra ser mais um dia. Se tudo fosse tão meticuloso quanto ela calculava, naquele dia ninguém havia nascido, morrido, casado, ou sequer feito sexo, descoberto um país, visto o mar pela primeira vez, andado de avião, capturado uma bolha de sabão por mais de dois minutos, ou qualquer grande feito como esses. Era com a maior das certezas, o dia mais convencional de todos os dias convencionais dos trezentos e sessenta e seis daquele ano bissexto. E nem por ser bissexto aquele dia se tornara especial. E naquele dia, ela acordou, na mesma hora de sempre pra fazer o mesmo de sempre. Tateou a cama, tirou a venda com essência de Mate dos olhos, e percebeu que ele não tava ao seu lado, como sempre estivera. Estranhou, mas como todo dia convencional, suas anormalidades eram absolutamente normais e faziam parte daquele entorno suspenso de rotina.
Levantou, pôs os chinelos e foi para o banheiro de sua suíte. Olhando praqueles azulejos ela lembrou de como finalmente eles estavam começando a se mostrar desgastados. E sorriu um pouquinho. Há cinco meses atrás eles haviam decidido tomar esse rumo, dar esse passo e tornar daquele eterno namoro, algo que eles pudesse palpar, sentir e confiar. Mostrando a todos, inclusive aos mesmos que sobreviveram ao colegial e mesmo as ditas tentações universitárias não os tinham desviado a atenção. Ela tinha 23 anos, e ele 24. Ela fazia ciência da computação e ele letras. Ela preferia banana da terra, ele aipim. Ela era de aquário e ele libra, ela era Atlético e ele nem jogava futebol. Ela gostava mais de outono, Itália, azul e Fellini, ele preferia inverno, Maranhão, vermelho e Bruce Lee. Mas ao mesmo tempo, as pessoas tinham um estranhíssimo costume de dizer que eles eram absolutamente idênticos, parecidos e que se não fossem amantes, seriam irmãos. Os dois sempre riram disso, ainda mais quando brigavam.
Se conheceram aos 13 e 14 na escola. Não se falavam até os 16 e 16, quando um dia, foram forçado pelo acaso a descobrirem finalmente que existiam. Tudo por conta de um rumor acerca de uma prova roubada. Destino mais romântico não seria possível. Ela achava ele ordinário, e ele a achava introspectiva. Foram mais quatro meses desde o primeiro contato, até que o Destino foi forçado a agir novamente. E dessa vez foi certeiro. Só não foi muito purista; envolveu etanol, aguardente, estômago vazio e uma formatura falida. Mas aí, ah, mas aí os dois tomaram as cordas disso, e assim ficaram até que, em uma noite de primavera, lá pra outubro, ele sugeriu a mudança, acuado, temendo que ela e sua razão inquebrável fossem questionar. Mas, não foi isso que aconteceu. E segundo relatos dos que ainda quiseram permanecer no restaurante em que eles estavam, qualquer grito acima dos decibéis permitidos até as 22h em prédios residências, era eufemismo.
E no verão daquele mesmo ano eles alugaram um quarto-e-sala afastado do Centro, em um prédio de quatro andares sem escadas. Era tudo tão perfeito. Pra ela era como brincar de casinha, pra ele era a certeza de que ele teria ela pra sempre. Os dois estavam tão felizes.
Estavam não, ela ainda estava, e foi nisso que pensou quando terminou de escovar os dentes e foi para a sala-cozinha-varanda-recepção dos dois, em que ele se encontrava sentado na mesa de dois que ficava simetricamente postada próxima a janela. Seu rosto estava escondido atrás do jornal do dia, o qual ela sabia, mesmo sem olhar que ele estava lendo o caderno de anúncios antes de tudo. Ele gostava disso, ver o que as pessoas colocavam a venda, ria das dentaduras, coleções de fronhas e discografias sertanejas. Era quase como uma válvula matinal de ânimo. E todos os dias ela separava o jornal assim, pra que ele achasse mais fácil. Mas dessa vez foi ele quem colocou próximo à cadeira dela o de Economia no topo. Mas isso era apenas uma pequena mudança, ela jamais admitiria que aquele dia, justo o dia que ela havia escolhido para ser habitual, havia tido algum revertério. Não, foi somente uma gentileza.
Antes de qualquer coisa, deu-lhe um beijo e sentou-se. Ele baixou o jornal, e olhou pra ela com ternura. Começou a falar algo que ela havia parado de prestar atenção no instante em que ele baixou o folhetim. Seus olhos estavam fixos nos olhos dele. Ah, permaneciam os mesmos. Há dez anos. Ou menos, ou mais. Era o mesmo, firme, ávido, agitado e cheio de vida. Corou de pensar que estivesse poetizando olhos, quanto clichê pras 8h. Mas, sua atenção se desviou rapidamente pra sua face como um todo, quando ele sorriu ao ler algum daqueles anúncios. Aquele sorriso, aquele riso. O mesmo, o que ela se apaixonou, o que tornava seus dias revestidos de contornos em Pilot preto 2.0. Ela seria capaz de tudo pra não deixar aquela instituição ruir. Pra não tirar aquele sorriso e nem aquele brilho. Ela havia sido feita pra que ele pudesse amá-la. E tudo que ela queria, era fazer dele, o homem mais feliz do mundo. É o que ela amava, sempre.
Seu estômago revirou ao pensar pela primeira vez no sentido da palavra sempre. Gelou. E colocando uma outra palavrinha ainda menor; ‘pra’ na frente, fez com que ela gelasse ainda mais. Tomou a expressão como um todo, fez como seus sistemas e cálculos universitários e pôs junto a ele. O ‘pra sempre’ e aquele sorriso.
Nunca fizera tanto sentido. Fazia todo o sentido do mundo. Passou margarina na torrada, abriu o jornal, checou a taxa de queda da bolsa enquanto pensava na caixinha preta 3x3 cm com a marca do ourives que havia visto na gaveta da pasta de dente. E sozinha, cá com suas torradas ensaiou alguns tons agudos de ‘SIM’ que poderia dar naquela noite.
Mas, era só mais um café da manhã...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

TOC - Trouxinha Onde Cutuca


Eu resolvi passar uma semana inteira me observando. E eu acho até que eu tirei algumas conclusões muitíssimos interessantes sobre a minha pessoa. Que, em dezessete anos de vida, eu nunca havia notado.
Eu pensei em fazer isso, na verdade, em 2004, quando Paula, assaz atenta um dia, descendo as escadas do corredor de aulas da sexta série, me sinalizou que enquanto a gente conversava sobre o quanto achávamos a farda do colégio justa e fedorenta, eu desenhava em meu joelho, com os dedos, o cortorno de uma camiseta. Eu me assustei, obviamente. Porque, aparentemente, é algo que eu fazia muito, e precisei que alguém de 1m50cm me dissesse. E desde então, acho que esse meu super-charminho-psicótico se foi. Porque eu passei a notar que eu fazia realmente isso, incessantemente. Principalmente quando eu tinha algo em mente, que por algum motivo, eu não podia expôr. Inclusive, minha coxa vivia sendo constantemente rabiscada pelas minhas unhas com as palavras 'puta', 'vagabunda', 'corno sem mãe' e derivados delicados.
Mas isso passou, e até que era bem legal, mas se foi, e agora eu preciso descobrir novos, pra prestar atenção, acabar com eles, e começar mais novos.
Bem, no dia 1, o primeiro que eu detectei foi justamente dentro do ônibus indo pra Barra. Descobri que quando eu ouço música, penso, estou com sono ou então muito aflita eu pego meu polegar opositivo e o indicador e fico dobrando meu lábio inferior, a fim de fazer uma espécie de - na falta de uma melhor palavra - trouxinha que eu vou posteriormente morder com meus dentões de castor indiano. Isso não é nem de longe charmosinho, portanto, meu objetivo não foi bem sucedido. Mas, eu continuei observando...
E nesse processo eu me lembrei de como, antigamente, essas pequenas coisinhas se transformaram em uns TOC's posers bizarros que eu nutri por aproximadamente 3 longos anos. Bem como arrumar todo e qualquer tapete que eu passasse por, por mais arrumado que estivesse. Fazendo com que eu, inclusive, perdesse mais ou menos 8 a 10 minutos diários na minha ida à escola, simplesmente ajeitando o 'Bem Vindo' do hall do meu prédio. É, lá pros 15 anos isso ainda era divertido, hahasível e tudo mais. Mas, fui crescendo e começou a realmente me deixar agoniada, daí eu criei um novo TOC. Não poder mais arrumar tapetes depois dos 17 anos. E cá estou. Doente denovo. Outro nesse mesmo esquema era o que relacionava as folhas secas. Mas esse era meio demoníacozinho. Implicava em pisar em toda e qualquer folha seca que estivesse no meu caminho, porque, a princípio, eu gostava/to bastante do barulhinho. Mas, quando isso começou a ficar crônico e patológico, implicando em pisar em toda e qualquer folha seca que eu visse NA VIDA. É, eu decidi parar. Depois dos 17 anos, no more folhas secas.
Mas, continuando minha observação eu percebi também que eu não consigo manter longas observações por muito tempo, e depois do dia 2 eu parei de me observar. Quem sabe um dia eu termino. Provavelmente eu vou terminar junto com abril, que MEU DEUS não acaba!
E hoje, um sábado ensolarado de um interminável abril, me despeço para fazer mais observações pautáveis, mas dessa vez acerca dos cálculos estequiométricos e dos charmosos platelmintos.

Partí feroix.

domingo, 20 de abril de 2008

Tu-tu-tu-TU-TU-TU-tu.

É incrível como as pessoas tem uma péssima mania de sempre negligenciar certos comandos.
Eu sempre aviso a todo mundo que meu celular é velho, fudido, tem mais de 4 anos, e que o microfone não funciona mais. Eu digo pra elas que quando me liguem, FALEM, DISCURSEM, MONOLOGUEM, que eu estarei ouvindo, every single word. É só que, claro, você não me ouvirá. É simples. Assim que eu puder eu retorno a ligação trocando o chip, ligando de um orelhão ou então mandando uma mensagem. É simples, é prático, e ainda me poupa de falar!
Isso seria fantástico se as pessoas simplesmente não insistissem em tentar burlar minha regrinha, e ficassem do outro lado repetindo frivolamente 'Vivi? Vivi? VIVI? VIVI PORRA, VOCÊ TÁ QUIETA PORQUE? CARALHO, VIVI, CÊ TÁ AONDE? HEIN? TÔ AQUI NA PORTA, VAGABUNDA!'. Ok, né. Tu-do-b-b-em, tu-do-le-ga-a-al. Além de não fazer valer meu conjunto normativo, ainda tenho que ser xingada de todas as palavras sacripântricas do dicionário, ou então ser chamada de 'filha da puta' pela minha própria mãe.
Aí eu olho pro céu, jogo estes braços malemolentes pra cima, viro meu olhar pr'uma nuvem branquinha e grito pra cima: SENHOR DEUS DOS DESGRAÇADOS, PORQUÊ ME ABANDONASTES? DAI-ME AMIGOS ESPERTOS OU UM NOVO CELULAR!
Mas ele não me responde, não me mande um Motorola roxinho da Fergie, nem sequer manda uma chuvinha. Aí eu baixo meus olhos, minhas pelhancas, sinto meu bolso vibrar, respiro fundo e me preparo pra dessa vez ouvir um gentil 'CADELA IMUNDA'. À cobrar.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A minha vida de casa.


Sempre optei por ouvir Lifehouse naquelas horas, nas eminhos, naquelas que você tem vontade de comer requeijão cremoso congelado de colher só pra ver até onde você aguenta. Nas horas que você faz aquele drama, e fica poser na frente do espelho, pensando na melhor careta a fazer se for chorar em público. Um clássico enredo de pós-pré-adolescente querendo se meter nas profundezas do rasgamento interno de entranhas. POIS EU, como toda boa rasgadorinha, fui inventar de ouvir Lifehouse hoje. Num dia glorioso, claro e quentinho de outono. E, hem, ham, hein, não emou.

Ou eu amadureci, ou realmente são dos carecas que elas gostam mais.

sábado, 12 de abril de 2008

Dicas para aproveitar idas na locadora


1. Já faça uma listinha prévia de filmes que quer locar e nunca pergunte a algum atendente se determinado filme é bom ou ruim. Eles sempre vão dizer que o filme é o máximo mesmo não tendo assistido a fita. E de uma forma ou de outra, isso não vai sair da sua cabeça.


2. Não fique procurando apenas por filmes inteligentes (mesmo que sejam norte-americanos). A idéia aqui não é crescer interiormente depois do filme de arte. Lembre-se que seu objetivo é sentir uma união com a maioria da raça humana. Vá logo para a seção de lançamentos e pegue filmes de astros famosos, filmes tão idiotas que você apagará da sua mente em menos de 24 horas.


3. Vá com um par. Vídeo-locadoras não são lugares para você andar sozinho. Todos andam em pares. Se não tiver namorada/o, peça para o seu irmão ou irmã ir contigo ou pague um indigente na rua para ir com você. Sempre vou sozinha, gosto muito, mas me sinto muito só. Além do mais, um dos grandes prazeres destes lugares é você convencer o/a outro/a levar o filme que VOCÊ quer.


4. Os dias ideais para ir à locadora são os do fim de semana, se estiver chovendo, aproveite. De que adiantaria você ir na terça de noite, com todos os filmes disponíveis? Ir a vídeo-locadora é tipo uma caça, uma disputa entre os outros sócios. Tem que ter uma adrenalina, uma esquema competitivo. Quando você vê que tem alguém lendo a sinopse em uma capinha, você fica escondido atrás da prateleira, de tocaia, e aproveita pra pular sobre o filme assim que ela se distrair.


5. Leve uma série de documentos - cartão de banco, de crédito, certificado de reservistas, certidão de nascimento, comprovante de renda e de residência, PIS... Há uma grande burocracia, pois as pessoas acham que você faz parte de uma gangue cujo objetivo é roubar filmes usados.


6. Participe de todo o tipo de promoção oferecida, do tipo pegue 20 vinte filmes para ver entre sábado e domingo e ganhe desconto de R$ 1,00 uma locação. Ignore certas pessoas que insistem em desmascarar essas promoções e nos provar que não vale a pena. Bufas-frias, cuzones! Nós sabemos que estamos sendo enganados, mas queremos ser enganados!


7. Atrase para devolver. Num tempo de crise, em algum momento da vida você tem que sentir esbanjando dinheiro. Deixe os filmes em cima da televisão e não devolva, porque não deu tempo de ver.


8. Se os filmes são entregues num saco plástico... Na hora de devolver, fique com o saco para você. Você sentirá uma vitória pensando que passou a perna nos donos de cadeias multimilionárias de filmes ficando com o saco plástico, que usará no lixinho da cozinha!


9. Vá sem dinheiro algum. No bolso apenas papéis usados de Halls. Olhe, fique lá por horas. Sente no chão, tire fotos. Tire os sapatos, leia sinopses. Peça pra atendente colocar o filme pra passar na televisãozinha. Aproveite, e goze de tudo que aquele estabelecimento pode te oferecer. Peça água. E no final, sorria, e diga que 'volta na quarta'. E volte.


10. E assim, ó. Como quem não quer nada. Prefira aquelas que são separadas por diretores. Que tem atendentes tatuadas e que vendem revistas e passam filmes legais na televisãozinha. Mas, ó, só mesmo assim, como quem não quer nada. Aquelas que sempre tem os importados que nem estão no cinema ainda, e que mesmo não rodando no seu DVD muito, muito velho. Faz bem pro teu cadastro ter relacionado. Não alugue nada, sorria e diga que volta logo.


E volte.



sexta-feira, 11 de abril de 2008

I don't wanna miss a thing.

Hoje eu passei o dia ouvindo músicas velhas. De Jaded a Misunderstood. Não velhas em si, mas antigos sucessos dessa vida. Alguém lembra de Sexed Up? Essas assim, ficam sempre tão melhores depois que desgastam. Porque viram velhos sucessos. E velhos sucessos são vintage, enquanto os atuais sucessos são pop. O que não torna deles piores, até porque, por mais que as pessoas desgostem do popular, as pessoas sabem cantar todas estas músicas.
Lembro muito do esforço que eu fazia pra manter minha boca fechada quando tocava Big Girls Don't Cry. Mas, hoje? Ah, hoje eu sou free. E digo mais, ainda tenho um pequeno status. Sou retrô. Uhu. Lembro muito de, aos 9 anos, ouvir escondida meu CD do Rouge, pra não ser da massa, das mini-mulheres que tinham muito-sexo-na-cabeça. Mas eu ouvia, e sabia todas as músicas. E digo mais: ainda sei. Todos sabem. Todos cantam. E certos são aqueles que fazem isso a altos pulmões.
Ah, eu sou escrotinha mesmo, Nossa Senhora da Hipocrisia que me abencoe, porque eu só canto Gimme More quando virar vintage. Tive que esperar quase seis meses pra meter os fones, sentar no ônibus e dizer que o Baby Boy é Irrepleaceble e que eu estava tendo um Deeeeeeei-já, vuh?
Mas, as vezes, tem umas coisas assim que não dá pra esconder mesmo, né? Umas músicas que ficam na tua cabeça, e você tem que cantar. Ou então dançar, e quando você dança, aaah, seus Hip's Don't Lie.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Soneto de Fidelidade

A ring ding ding ding d-ding baa aramba baa baa barooumba
Wh-Wha-Whats going on-on?
Ding ding
Lets do the crazy froog
Ding ding
A Brem Brem
A ring ding ding ding ding
A Ring Ding Ding Dingdemgdemg
A ring ding ding ding ding
Ring ding
Baa-Baa
Ring ding ding ding ding
A Ring Ding Ding Dingdemgdemg
A ring ding ding ding ding
a Bram ba am baba weeeeeee
BREAK DOWN!
Ding ding
Br-Br-Break it
Dum dum dumda dum dum dum dum dumda dum dum dum dum dum dumda dum dum
Brem daem
Dum dum dumda dum dum dum dum dumda dum dum dum dum dum dumda dum dum
Weeeeeeee
A ram da am da am da am da weeeeeaaaaaaaaaaaaaaaa
Wh-Whats Going On?
Ding ding
Bem De Dem
ding ding
Da da
A ring ding ding ding ding
A Ring Ding Ding Dingdemgdemg
A ring ding ding ding ding
Ring ding
Baa-Baa
Ring ding ding ding ding
A Ring Ding Ding Dingdemgdemg
A ring ding ding ding ding
a Bram ba am baba..
Ding ding
Br-Br-Break it
Dum dum dumda dum dum dum dum dumda dum dum dum dum dum dumda dum dum
Brem daem
Dum dum dumda dum dum dum dum dumda dum dum dum dum dum dumda dum dum
Ding ding
Bem De Dem!

She wants it.

Já me disse certa vez, um mestre de História, o que certa vez dissera um nobre filosófo no século XXI acerca de um certo carma.
Me lembrou que uma vez disse Sir. J.T. com exímia sabedoria:

What comes around... Goes around.
Acredite neste mantra, e ele will bring your sexy back.




Uh, yeah.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

(não) Posso ajudar?

Existe uma coisa que consegue me tirar do sério de um jeito que pra mim é até difícil mencionar sem gerar convulsões involuntárias nas minhas entranhas; e é como vendedoras de calçados insistem em usar o diminutivo para a cor de todos os sapatos ali presentes. Prosopopéiam aquelas inocentes sandálias e fazem delas crianças de zero a dois anos. E fazem questão de perguntar a nós, entediados consumidores, se não queremos levar a 'rosinha'. Ou nos mostram como 'a roxinha tá LINDA!', ou viram o rosto para o ombro esquerdo, colocam as mãos na cintura e enfaticamente dizem como vamos fazer uma desfeita se não levarmos 'a azulzinha que chegou HOJE!'. Incrível como sempre é a última 37, e todas chegaram HOJE e são LINDAS. Mas, a mim, resta suspirar, fechar os olhos, e depois de quarenta minutos de puro prazer gutural onde a atendente de nome Rayza, sorriso amarelado e sombra branca muito forte subiu vorazmente as escadas do almoxarifado da loja, olho-a e digo que tava só 'dando uma olhadinha.'

I'm a loser, baby. So why don't you KILLMEca?

Eu simplesmente não consigo me concentrar.
Eu fiz de tudo, eu sentei, eu parei de enrolar, a situação não poderia ser mais propícia: a casa tá silenciosa, não tem comida boa pra me distrair, o computador não está appealing, não tem nada de interessante passando na televisão, pra variar, eu não tenho créditos pra mensagens, e nem pra ligações com gritos e monólogos.
Mas ainda assim eu não consigo me concentrar.
Os 17 anos já têm quase uma semana, e dos meus planos, um deles era manter meu foco e estudar até meus olhos sangrarem. O que não está acontecendo. Parece que desde a segunda feira da semana santa que tá assim. Minha desculpa era que o feriado estava chegando, e agora minha desculpa é que o feriado acabou de passar. Mas, já tem duas semanas isso. Eu deveria estar estudando desde o primeiro segundo do dezessétimo aniversário, mas, minha desculpa era o aniversário, e depois veio o final de semana, a segunda feira, o Super Humanas, o cansaço, o sono, o teatro, o filme... Tudo é sempre mais importante que sentar e estudar.
Na verdade, tudo é mais importante que Química. Queria eu ter tirado 8,25 em química, isso não me pertence. Terça é a prova, e estou em risco iminente de pagar trinta e cinco reais por 5 horas extras em um sábado a tarde para depois prestar uma pequena prova chamada Recuperação Paralela, onde recuperarei apenas uma parte ínfima da minha nota. Portanto, para fugir deste fim cruel, eu deveria estudar, e para estudar, eu deveria me concentrar, e para me concentrar eu deveria levantar desta cadeira, rumar para aquela outra que está a um corredor e 3 passos de mim, e finalmente terminar de ler sobre soluções e partículas beta.
Apesar de que, acho que a prova não vai ser sobre isso.