segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Sim

Fevereiro tá meio eterno, não acham não? Na verdade, eu pude constatar isso hoje. Ou na verdade, acho que eu sempre soube. Essa porra não acaba. E é incrível como tudo pode mudar em tão pouco tempo. 25 dias corridos de um mês que é por sua natureza tão pequeno e normalmente, pra mim, da ala soteropolitana que não curte a folia na avenida passa de forma absurdamente rápida e bege. Justamente por não ter nada que exalte o fevereiro, em sua essência. Inusitado ter sido tão cheio e ao mesmo tempo tão empobrecido de substâncias palpáveis que pudessem preencher o período em si. Acho só que foi intenso. Intenso no que diz respeito a sua forma, e simples no caráter funcional.
Ter voltado a rotina acho que tomou muita parte do meu mês, e tornou de cada um dos dias dele ainda mais extensos, fazendo com que, impressionantemente as semanas passasem cada vez mais rápido e mesmo assim, os dias não. É como se fossem 8 semanas no lugar das habituais 4. Ou até mais. Não sei se é a carga intensa de coisas que esse mês trouxe. Eu não sei, na verdade, eu acho que não. Ou foi. Sou muito profissional, hein. Minha opinião muda de 4 linhas pra baixo. Mas é verdade, sinceramente acho que foi mais, justamente, pelas mudanças que ele trouxe. Em todos os aspectos possíveis. Não me reconheço de janeiro. Não sei mais quem é aquela pessoa. Ainda é a mesma. Mas, mudou. Muito, muita coisa em pouco tempo. Prioridades, vontades, idéias, basicamente a minha formação. Acho que isso pode até ser bom, não é? Não sei se é existencialismo barato mesmo, ou se é porque eu engordei nessas férias. Mas tá tudo parecendo maior. Não mais importante, ou mais problemático. Só maior. Ganhou lente, e isso eu digo a respeito de tudo. Acho muito que foram os quilos a mais.
Eu nunca fui muito de dizer que acreditava em destino, até porque na verdade, eu nunca acreditei. Mas de uns tempos pra cá eu tenho passado a acreditar. Acho que destino não é a palavra certa. Merecimento e indução de força, talvez. Por mais pragmático e profaninho que possa parecer, no final das contas a gente recebe o que merece. Sempre. Mesmo que demore. Meu carma dos 14 anos, eu recebi em 2008, aos 16. Meu carma de hoje eu recebo aos 18. Não sei se estou disposta a esperar muito não, mas eu não tenho muito outra coisa a fazer. Eu tenho pena da porra do destino, é muita pressão e expectativa em cima dele. Desculpa de gordo ocioso, ou de gente preguiçosa é justamente como a minha. Não colocar a vida pra frente, ou tomar as rédeas dela, por confiar em um cosmo maior que vai tomar conta de tudo.
O que é verdade, no final das contas, ele sempre toma. O que nos resta, é sentar e esperar. Mas o ser humano, como uma espécie errata, cheia de falhas, defeitos e necessidades, no final das contas, só quer ver seus irréfutos esforços reconhecidos. Ou saber que atos falhos, despercebidos e simples, podem ter seu grande valor, e que os maiores não's sempre ganham nova conotação e viram nunca's ou talvez's. Que em todo caso são melhores que quaisquer negativas assim, puras. Três letras nunca foram saudáveis em uma discussão. De qualquer forma, a melhor de todas as palavras tem só três, um, dois, três letrinhas. E já é o bastante. :)

Um comentário:

ruffles disse...

". Meu carma dos 14 anos, eu recebi em 2008, aos 16. Meu carma de hoje eu recebo aos 18. Não sei se estou disposta a esperar muito não, mas eu não tenho muito outra coisa a fazer. Eu tenho pena da porra do destino, é muita pressão e expectativa em cima dele. Desculpa de gordo ocioso, ou de gente preguiçosa é justamente como a minha. Não colocar a vida pra frente, ou tomar as rédeas dela, por confiar em um cosmo maior que vai tomar conta de tudo."

MAIOR VERDADE DO MUNDO!!
não canso de dizer q vc consegue colocar em palavras oq eu nem sabia q sentia, mas vc tb não cansa de fazer isso, então tb não tenho mto oq dizer. cada suspiro faz eu ver uma coisa nova e mais um motivo pra te adimirar. tu é foda fia!