sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

15 ml de pura criminalidade


Eu sempre achei o lápis um objeto muito esquisito. Não pelo que ele faz, que é bastante esquisito também, mas pelo seu formato e basicamente pela sua formatação. É cilíndrico, tem uma mina de grafite dentro e lascas de madeira que são medievalmente apontadas por um objeto ainda mais estranho, o apontador escolar, com sua navalha encoberta por uma caixinha colorida afim de esconder toda a sua periculosidade.
Meu colégio este ano lançou a novidade gentil que é claro, como toda novidade gentil, causou muito alarde: está proibido o uso de corretivos nas imediações da escola. Eu não sei até onde essa medida está ligada ao fascismo sutil que nos faz obrigatoriamente temermos errar, ou no que eles alegam, o vandalismo e a destruição do patrimônio de uso comum dos alunos. Mas ok, estamos falando de um patrimônio de uso comum, e como eles mesmo dizem, propriedade daqueles que fazem parte desta 'família' (risôôôôus). Mas isso não cabe a mim, afinal, na primeira oportunidade que tiverem, eles hão de revistar meu material e descobrir ali duas armas brancas bruscamente ofensivas para o convívio com meus colegas. Sendo uma delas bem branca, e líquida. Eu só espero sinceramente que eles não confisquem o apontador da caixinha roxa. Me tomou 4 dias de espera na lista de reserva da Saraiva.
Tem quem diga que depois que todo esse inferno chamado ensino médio passar, eu vou é sentir falta. Bem, tem quem diga também que hoje eu reclamo porque não tenho com que comparar. Bem, e tem quem diga que tudo isso é mentira. E quem diz isso sou eu.
Tenho plena ciência, ou pelo menos uma idéia bastante abrangente a respeito do que me espera fora dos muros confortáveis e acalentadores do lugar onde estudo. E se não tenho tanta ciência assim, eu troco meus 2 remanescentes anos por uma chance de descobrir o que me aguarda. Com toda a certeza que eu guardo nestes míseros metro e sessenta e oito. Na verdade, eu acho que eu troco qualquer coisa por estes 2 anos.
Aceito cartão, ticket alimentação, vale-transporte, apontadores e corretivos. Líquidos ou em forma de canetinha.

4 comentários:

Renata Monteiro disse...

E isso porque nem passa na sua inocente mente de segundo ano, o sentimento de ridicularização que lhe invade no instante em que o infeliz do corredor diz as temidas palavras: "podem subir", e a MANADA terceiranista, CORRE, sim, CORREM (eu não corro porque me sinto ridícula)para garantirem um lugar descente em sua querida salinha. Além de chegar lá às 6 e pouco pra garantir um bom lugar na FILA para subir. É humilhante.

Anônimo disse...

HAHAHA, victória, cumpade!
vai se fuder, tu escreve bem que só a porra, mano! .-.
quem me dera chegar ao teu nível, broder.

enfim, o texto tá mais do quê do caralho. que história é essa de proíbirem corretivo?! oO
a foto tá sensacional :D

Anônimo disse...

Por mais esquisito q pareca, vc sente falata. eu odiava as apessoas, odiava acordar cedo, odeiava o professor de química. de matemática de física...
Contei os segundos até o último dia, mas até hj, quase 5 anos depois, sinto saudades a´´e do calor infernal q fazia naquela sala, aqueles rostos familiares e tudo aquilo q a gente tinha pela frente...

mais um foda. amo-te


.raphaela

Anônimo disse...

Sim.
Vc reclama pq ñ tem com o q comparar. Vai sentir saudades tb. Por mais que vc ñ goste do lugar, dos professores, da insuportavel rotina vai sentir uma absurda saudade d tudo e d todos. Principalmente d todos! Ñ d todos os seres estranhos q estudaram com vc.. mas d todos q fizeram tudo isso valer a pena!
Pode demorar meses, 1 ano, 2 anos.. mas a falta daquilo tudo chega um dia. Ela sempre chega.

Tu escreve mto menina! Gostei da foto tb.. A tempos ñ vejo um corretivo desses.. me fez lembrar da escola =D
Deve tá me achando A velha neah.. É.. talvez eu sou msm!!
Ou não..
[Como diria uma amiga-comum nossa...]
Prazer em conhece-la!




Prix.
=]